quarta-feira, 5 de março de 2014

Projeto Amizade - Educação infantil










PROJETO AMIZADE – EDUCAÇÃO INFANTIL

1. OBJETIVOS

· Desenvolver competências sociais em crianças de quatro a seis anos
· Mostrar como serem amigas
· Exercitar a identificação, sensibilidade e fala pública sobre diferentes sentimentos
· Destacar como lidarem com as quatro emoções básicas: medo, alegria, tristeza e ira
· Ajudar a expressarem sentimentos que lhes desagradam

2. PÚBLICO-ALVO

· 15 a 20 crianças de quatro a seis anos

3. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

· Recursos materiais: cartolinas, canetas hidro-cor, revistas velhas
· Outros recursos materiais, caso se faça opção por um treinamento e expressão das múltiplas inteligências (Ver fonte de referência 5º)
· Recursos Humanos: um a dois Mediadores previamente treinados

4. QUESTÕES RELEVANTES

· O que é a amizade?
· Amizade é o mesmo que amor?
· O que é um amigo de verdade?
· Qual a importância de um amigo?
· O que é o medo?
· Que coisas nos fazem felizes?
· Por quê ficamos tristes?
· O que nos deixa com raiva?
· Como não falar a um amigo?
· Como falar a um amigo?

E inúmeras outras do mesmo tipo, levantadas pelas próprias crianças

5. FONTES DE REFERÊNCIA

· ANTUNES, Celso – Alfabetização Emocional. Petrópolis. Editora Vozes. 7ª edição. 1999

· ANTUNES, Celso – Fascículo 6 da Coleção Na Sala de Aula / A Alfabetização Moral em Sala de Aula e em Casa, do Nascimento aos Doze anos. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002

· ANTUNES, Celso – Fascículo 7 da Coleção Na Sala de Aula / Um Método para o Ensino Fundamental: o Projeto. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002

· ANTUNES, Celso – A Construção do Afeto. São Paulo. Augustus Editora. 4ª edição. 2001

· ANTUNES, Celso – Fascículo 3 da Coleção Na Sala de Aula / Como Desenvolver Conteúdos Explorando as Inteligências Múltiplas. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª Edição. 2002

· LeDOUX, Joseph - O Cérebro Emocional. São Paulo. Editora Objetiva. 1998

· RESTREPO, Luis Carlos – O Direito à Ternura. Petrópolis. Editora Vozes. 2ª edição. 1998


6. COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS

· Afetividade
· Auto-estima
· Otimismo
· Controle dos impulsos
· Empatia – Compreensão do outro
· Prestatividade e solidariedade
· Sinceridade
· Empatia no ouvir
· Comunicação Interpessoal
· Pensamento dirigido
· Autoconhecimento
· Administração das Emoções

7. FASES DO PROJETO

· ABERTURA

Mediadores, pais, professores, pessoas da comunidade especialmente convidadas discutem e elegem as competências desejadas e a seleção de questões que a culminância do projeto deverá responder.



· O TRABALHO PRÁTICO – ESTRATÉGIAS

PREPARAÇÃO DO ROTEIRO

Os professores e os Mediadores escreverão roteiros de apresentações teatrais simples, cuja duração não deve exceder 15 minutos e que devem vivenciar cenas do cotidiano dos alunos envolvendo temas de relações interpessoais para ajudarem as crianças aprenderem como serem amigas, reconhecerem e falarem sobre diferentes sentimentos, lidarem com verdade e com a mentira, com a ira e com a dor, com o medo e a tristeza, com a alegria e com a felicidade e como expressarem o que lhes agrada e desagrada. Essas pequenas peças podem simular situações do pátio da escola, disputa por lugares, formas de abordagem, etc.

ENSAIO

Para cada encenação haverá um grupo de “atores” e outro de “espectadores”, mas todos os alunos nas diferentes peças desenvolverão ambos papeis. Durante o ensaio não deve ocorrer a prioridade de “lições de conduta” ou julgamento sobre “atitudes certas ou erradas” ainda que o aparecimento destas, possa gerar uma resposta serena e coerente por parte do(s) intermedializador(es). Os Mediadores poderão ou não introduzir o “ponto” com um ator que não aparece, ajudando os atores nas falas a serem praticadas.

APRESENTAÇÃO

A apresentação de cada peça se dará de forma similar a qualquer apresentação teatral.


DEBATES

Após a encenação deverão ocorrer os debates, envolvendo inicialmente apenas os alunos e os Mediadores. Nesse debate deve prevalecer a solicitação de opiniões sobre atitudes, gestos, posturas, ações ainda que as mesmas não devam suscitar julgamentos morais por parte dos professores. Não existe um tempo prescrito previamente para a duração dos debates, embora os Mediadores devam mostrar sensibilidade para não o prolongarem além dos limites do interesse por parte dos alunos envolvidos.

SÍNTESE CONCLUSIVA

Concluído os debates os Mediadores sintetizarão as conclusões gerais, enfatizando o que se levou os alunos a aprenderem com a atividade.

FECHAMENTO

É extremamente importante destacar que os valores e os ensinamentos conquistados necessitem ser retomados em momentos e circunstâncias diferentes, internalizando-se nas atitudes dos professores, contextualizando-se aos temas curriculares desenvolvidos. Em verdade, a encenação, debate e síntese conclusiva jamais deve “encerrar” a atividade, antes abrir espaço para práticas sobre novas formas de relacionamento e emprego constante das habilidades sociais no cotidiano dos alunos.

8. LINGUAGENS APLICADAS

Importante atividade de reforço é, em outra oportunidade, reunir-se os participantes do Projeto solicitando que expressem através de diferentes linguagens – pinturas, paródias, colagens, desenhos, corais, etc. – os valores desenvolvidos e supostamente apreendidos durante a atividade.

Atividade extremamente enriquecedoras é utilizar diferentes estratégias de comunicação, conforme as inteligências humanas suscitadas – linguística, lógico-matemática, visuoespacial, sonora, cinestésico-corporal, naturalista, intra e interpessoal – e organizar painéis ou murais expressando os valores assumidos.

9. AVALIAÇÃO

A forma de avaliação será desenvolvida através da comparação de relatórios organizados por todos os elementos da equipe docente avaliando as atitudes dos alunos em sala de aula e no pátio da escola, antes e depois da realização de cada encenação, enfatizando a eventual permanência, após seis meses ou mais, de valores eventualmente assumidos.

Fonte: Coordenadores pedagógicos grupos

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